
PREFEITURA, SETOR EMPRESARIAL E AZUL DISCUTEM IMPACTO DA SUSPENSÃO DE VOOS ENTRE GUARAPUAVA E CAMPINAS
por guaranoticias
Atualizado às 13h57O prefeito de Guarapuava, Denilson Baitala, acompanhado da vice-prefeita Rosângela Virmond, do secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Agner, do secretário de Planejamento e Urbanismo, Thiago Pffan, do vereador Nego Silvio e de lideranças empresariais, incluindo a presidente da ACIG, Maria Inês Guiné e o presidente da Fiep, Edson Ono, se reuniram na sala de reuniões da prefeitura para discutir juntamente com a companhia aérea, em uma videoconferência, o futuro das operações da Azul no Aeroporto Tancredo Thomas de Farias. O encontro foi motivado pela decisão da companhia aérea de suspender a rota entre Guarapuava e Campinas, mantendo apenas os voos para Curitiba.
Durante a reunião, a Azul explicou que a suspensão da rota foi causada por dificuldades operacionais, intensificadas pela indisponibilidade de aeronaves. A companhia informou que cerca de 30 aviões estão atualmente em manutenção.
Como parte dos esforços para melhorar a conectividade aérea e fomentar o desenvolvimento regional, o prefeito Baitala ressaltou a importância da colaboração entre a administração pública, os empresários e a companhia aérea. “Juntos, discutimos a ampliação das linhas aéreas, a manutenção da rota para Campinas, além de alternativas para captação de recursos com objetivo de ampliar de forma significativa a segurança e a tecnologia do aeroporto, criando as condições necessárias para que, no futuro, possamos operar com aeronaves maiores e mais modernas”, afirmou.
A representante da Azul, Isabela Bettini, destacou que, embora os voos para Campinas apresentem boa taxa de ocupação, a demanda não é suficiente para garantir a rentabilidade necessária para manter a operação. “A taxa de ocupação é um indicador importante, mas não é o único que usamos para avaliar a viabilidade de um voo. Um voo cheio nem sempre é rentável”, explicou. Ela também mencionou os desafios enfrentados pela companhia, como a escassez de aeronaves e a necessidade de manutenção de parte da frota. “Atualmente, temos cerca de 190 aeronaves em nossa frota, das quais 30 estão em manutenção. Com essa redução, precisaremos fazer ajustes na programação”, completou.
Ainda segundo Isabela, esse problema não é exclusivo da Azul, mas sim uma questão global. A escassez de suplementos é um desafio logístico que está afetando diversas partes do mundo, resultando em dificuldades no abastecimento e distribuição.
Outro ponto discutido foi a necessidade de investimentos na infraestrutura do aeroporto. Fernando Matia, também representante da Azul, ressaltou que a continuidade de determinadas operações depende de melhorias na pista de escape, na sinalização e na qualidade do asfalto, atendendo às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Agner, enfatizou a importância de unir esforços entre a prefeitura e a companhia aérea para viabilizar a retomada da rota. “Este voo entre Guarapuava e Campinas é crucial não apenas para nossa cidade, mas para toda a região. Por isso, organizamos esta reunião para estreitar o relacionamento com a Azul e acompanhar as diversas ações estratégicas em andamento, visando melhorar a infraestrutura do aeroporto e garantir padrões elevados de segurança”, afirmou Agner.
O CEO do Cilla Tech Park, Paulo Alvin, destacou que a discussão sobre o aeroporto local vai além da troca de trechos entre Campinas e Curitiba. Ele enfatizou a importância estratégica dessas duas cidades e a necessidade de expandir, e não substituir, o aeroporto regional. “Precisamos ampliar a capacidade do aeroporto para atender a mais de 20 municípios, transformando-o em um hub regional e, possivelmente, em um polo logístico de carga para a região Centro-Sul”, afirmou.
Fonte e fotos: SECOM – Prefeitura Municipal de Guarapuava – acesso em 31/01/2025 – https://guarapuava.pr.gov.br/noticias/prefeitura-setor-empresarial-e-azul-discutem-impacto-da-suspensao-de-voos-entre-guarapuava-e-campinas/