
DNA das armas: Paraná vira referência nacional com 634 compatibilidades balísticas
por guaranoticias
Atualizado às 13h29
O Paraná é referência no uso do Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab), coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, para combinar projéteis e estojos coletados em cenas de crime com armas de fogo. Desde 2022, a Seção de Balística Forense da Polícia Científica do Paraná (PCP) registrou 634 “matches” (compatibilidades), o 2º melhor resultado do País, atrás apenas do Rio Grande do Norte, com 845. O Estado é também o 4º que mais realiza inserções no sistema.
O Sinab é uma ferramenta que visa identificar armas de fogo usadas em crimes, por meio da análise de características balísticas deixadas nos projéteis e estojos disparados. Ele funciona como uma espécie de “impressão digital” das armas, utilizando as marcas deixadas nas balas e cartuchos quando são disparados. O Paraná já fez a inserção de quase cinco mil amostras, atrás apenas do Rio Grande do Sul (10,3 mil), Minas Gerais (8,2 mil) e Espírito Santo (5,7 mil).
Os matches feitos pela PCP têm sido essenciais na resolução de casos de grande repercussão. É o caso, por exemplo, da tentativa de assalto a uma transportadora de valores em Guarapuava, no Centro-Sul do Estado, em 2022. Graças ao trabalho dos peritos e dos dados do Sinab, foram encontradas conexões com crimes em outros estados, como Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Pará. Sete pessoas foram condenadas.
Outro destaque foi o envolvimento de duas pistolas relacionadas com 15 inquéritos. Uma apreensão feita pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da PCPR, foi encaminhada para a Seção de Balística Forense com o pedido para confrontar as armas com um homicídio. A surpresa, porém, foi de que as armas não tinham relação com o caso em que foi solicitado, mas combinavam com outros inquéritos referentes a cinco homicídios.
O trabalho de comparação em busca de um match, porém, começa muito antes do material chegar ao laboratório. É durante a ocorrência, na cena do crime, que o perito faz a coleta e, posteriormente, a triagem dos vestígios balísticos. Esses materiais, que são registrados e custodiados, são encaminhados para o laboratório, onde são processados de acordo com a sua natureza.
Fonte: AEN Paraná – repórter Gustavo Vaz -acesso em 01/04/2025 – https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/DNA-das-armas-Parana-vira-referencia-nacional-com-634-compatibilidades-balisticas
Foto: ilustrativa – Paula Neves